Moro quer ampliar coleta de DNA para combater a criminalidade

Brasilia DF 08 11 2018 O atual ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o futuro ministro da pasta, juiz federal Sérgio Moro, durante coletiva de imprensa após reunião.foto Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag.Brasil
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, pretende incluir na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) todos os dados de DNA dos condenados por crimes violentos dolosos até 2022. Em reportagem publicada neste domingo, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que, em 2018, o número de investigações que utilizaram perfis genéticos da rede cresceu 28,2%, passando de 436, em 2017, para 559, no ano passado.

Em novembro de 2017, o banco contava com 10.769 perfis genéticos Em igual mês de 2018, chegou a 18.080. Segundo peritos ouvidos pela reportagem, o número de condenados aptos à extração de DNA seria de cerca de 135 mil. À reportagem, Moro disse que uma das prioridades de sua gestão é ampliar a lista, expandindo dos atuais sentenciados por crimes hediondos para todos os condenados por crimes violentos dolosos.

De acordo com o ministro, em um primeiro momento, serão realizados mutirões de coleta para completar os bancos de dados com os condenados. Ao mesmo tempo, disse Moro, será estabelecido um protocolo de coleta para que no futuro seja desnecessária a realização de novos mutirões.

A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos foi criada em março de 2013 para manter, compartilhar e comparar DNAs com o objetivo de ajudar autoridades policiais de todo o País. Os perfis armazenados nos bancos são confrontados em busca de coincidências que permitam relacionar suspeitos a locais de crime ou diferentes locais de crime entre si. Os bancos de DNA têm caráter sigiloso e o acesso é restrito e controlado. Todos os DNAs coletados pelos laboratórios dos Estados brasileiros são enviados ao Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG).

 

Foto:Fábio Rodrigues Pozzebom ABr