Escolas do país registram, ao menos, oito massacres

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O ataque a tiros na Escola Estadual Raul Brasil, de Suzano, na Grande São Paulo, não foi o primeiro registrado em escola brasileira. Considerado um problema crescente nos Estados Unidos, esse tipo de crime já foi verificado em, pelo menos, outras oito vezes no Brasil. Maioria dos atiradores alegou ser vítimas de bullying. Veja os principais casos:

Salvador (2002)

Em 2002, um aluno de 17 anos matou a tiros duas colegas da escola particular Sigma, do bairro de Jaguaribe, em Salvador. O adolescente atirou contra as duas dentro de uma sala de aula. Em seguida, se entregou à polícia ainda dentro da escola.

Taiúva (2003)

Um ex-aluno também foi responsável pelo ataque a tiros à Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, em Taiúva, interior de São Paulo, em janeiro de 2003. Cinco alunos, o caseiro, a zeladora e uma professora da instituição ficaram feridos. Um dos estudantes, atingido por um tiro na coluna, ficou paraplégico. Não houve vítimas fatais. O autor dos tiros Edmar Aparecido Freitas, tinha 18 anos na época. Ele se matou em seguida.

Realengo (2011)

Um homem de 23 anos atirou contra alunos em salas de aula lotadas na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, no Rio. O crime aconteceu em abril de 2011. Doze crianças morreram e 13 ficaram feridas, todas com idades entre 12 e 14 anos. O atirador, Wellington Menezes de Oliveira, usou dois revólveres, que chegou a recarregar várias vezes. Em seguida, ele foi atingido por um policial e se suicidou.

São Caetano do Sul (2011)

Um aluno de dez anos atirou contra uma professora na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul (SP), em setembro de 2011. Em seguida, ele atirou contra a própria cabeça e morreu no hospital. A professora sobreviveu.

João Pessoa (2012)

Dois adolescentes, de 16 e 13 anos, foram apreendidos após um tiroteio na escola estadual Enéas Carvalho no Centro de Santa Rita, na Grande João Pessoa, em abril de 2012. Um deles fez seis disparos, ferindo três alunos.

Goiânia (2017)

Um estudante de 14 anos atirou dentro do Colégio Goyases, escola particular de ensino infantil e fundamental, em Goiânia. Dois estudantes morreram e outros quatro ficaram feridos. O caso aconteceu em outubro de 2017. O garoto foi apreendido.

Janaúba (2017)

Oito crianças e uma professora morreram após um segurança colocar fogo em uma creche em Janaúba, no Norte de Minas Gerais, em outubro de 2017. O vigia do Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente jogou álcool em crianças e nele mesmo. Em seguida, ateou fogo. No horário havia 75 crianças e 17 funcionários na escola. O agressor foi socorrido e morreu horas depois.

Medianeira (2018)

O episódio mais recente aconteceu em setembro do ano passado, no Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira, no oeste do Paraná, a 60 km de Foz do Iguaçu. Um adolescente de 15 anos entrou armado e atirou contra colegas de classe. Dois alunos, um de 15 e outro de 18 anos, ficaram feridos. Dois adolescentes foram apreendidos. 

Foto: Rovena Rosa ABr