O que falta para Tite repetir no Brasil seu sucesso dos tempos de Corinthians?

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Desde o Campeonato Brasileiro conquistado com o Corinthians em 2011, até o último alcançado em 2015, Tite conseguiu se firmar como um dos melhores técnicos brasileiros da atualidade. No meio desse caminho, também foram conquistadas a Libertadores, o Mundial de Clubes e o Campeonato Paulista em um currículo hoje recheado por títulos que comprovam sua qualidade como líder nas laterais dos campos.

Não era por menos que a Confederação Brasileira de Futebol, após tentar a recuperação pós-Copa do Mundo de 2014 com Dunga, corrigiu seu erro inicial ao trazer Tite para a Seleção em 2016. Apesar da decepção dos corintianos de perderem seu técnico no meio da temporada, era de se reconhecer que a hora de Tite de assumir a seleção tinha chegado. Reconhecimento esse que não ficou limitado aos torcedores do Corinthians, com especialistas em futebol também aplaudindo a decisão da CBF.

Porém, o trabalho de Tite até aqui não deu muitos frutos. Não há dúvidas de que foi impressionante a campanha do Brasil rumo à Copa do Mundo de 2018, com o time conseguindo 10 vitórias e 2 empates em 12 jogos nos jogos classificatórios para a competição desde a chegada de Tite. Mas na Copa do Mundo em si, a impressão passada foi bem mais negativa.

O Brasil que havia goleado Argentina, Uruguai e Chile com um futebol proativo, ainda que não tão envolvente quanto poderia ser, deu espaço a um time sem a capacidade de incisão de outrora. Foram questionadas também as escolhas de elenco de Tite, chamando nomes como os meio-campistas Paulinho e Renato Augusto ao invés de outros mais jovens e potencialmente mais capazes que os veteranos.

Por esse e muitos outros motivos, o Brasil se viu fora da competição já nas quartas de final em uma amarga derrota para a Bélgica por 2 a 1. Se esvaíram também as expectativas do país se firmar mais uma vez como perene e grande favorito a títulos internacionais, com a campeã França assumindo esse espaço graças ao bom trabalho do técnico Didier Deschamps e a geração de ouro que sempre encontra novos nomes – e espaço – para renovação.

Mas nem tudo está perdido. O Brasil tem agora a chance de conquistar a Copa América em casa, sendo marcado como amplo favorito ao título na https://www.betfair.com/br.

E esse talvez seja um dos anos mais fáceis para o Brasil voltar a levantar a taça da competição, haja visto o nível dos competidores. Times como Argentina, Chile e Uruguai tem passado por sérios apuros nos quesitos de renovação de grupo e também de qualidade de trabalho dos seus técnicos, pondo assim em xeque a capacidade deles de conseguir frustrar os planos brasileiros.

Obviamente, isso se limita ao plano teórico. Na prática, nem tudo são flores e o supramencionado Uruguai, com jogadores que não tem tanta habilidade técnica, mas que tem força física e aplicação tática de sobra, podem apresentar muitos problemas aos brasileiros no percurso.

Isso também passa por Tite e o que ele tem conseguido desenvolver até aqui com o Brasil. O futebol morno e conservador do Brasil na Rússia, em contraste com o que ele conseguia extrair da Seleção nas Eliminatórias e até mesmo no Corinthians, não vai ser o bastante para levar o brasileiro ao primeiro lugar do pódio na https://copaamerica.com/pt/.

Para isso, Tite terá que mostrar a coragem dos seus primeiros passos com a Seleção. Por mais que sua manutenção no cargo dependa do seu sucesso em ganhar o título, será necessária uma grande dose de coragem, proatividade e, de preferência, ofensividade para que esse objetivo seja alcançado.

É mais do que hora de ir além da já conhecida receita de bolo.