As comemorações do aniversário de 468 anos da cidade de São Paulo marca também o início da programação do Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. O Projeto 22+100 trará uma série de atividades pontuais no período de 100 dias, que começaram a ser contados no dia 22 de janeiro, com encerramento no dia 1º de maio, Dia do Trabalhador.
A programação do Aniversário de São Paulo apresenta os novos modernistas, artistas que, da mesma forma com que os modernistas fizeram há 100 anos, rompem com o status quo. Todas as cinco macrorregiões da cidade recebem programações: Centro Cultural São Paulo (CCSP), Centro; Casa de Cultura da Vila Guilherme, Zona Norte; Casa de Cultura Hip Hop Leste, Zona Leste; Casa de Cultura M’Boi Mirim, Zona Sul; Casa de Cultura do Butantã, Zona Oeste.
Aniversário da Cidade
Entre os destaques da programação, o ator Pascoal da Conceição interpreta Mário de Andrade na performance 22+100. A apresentação, exclusiva para o aniversário de São Paulo, será uma mescla do Manifesto Antropofágico, de Oswald de Andrade, com textos de Mário de Andrade e Manuel Bandeira. A performance acontece hoje (25), 18h30.
O CCSP, para completar a programação desta terça-feira (25), apresenta a projeção mapeada “Memórias Insurgentes”, do Coletivo Coletores. No espaço, o aniversário se encerra com o show da banda Metá Metá. A banda teve o seu mais recente álbum, MM3, indicado ao Grammy Latino 2017 de Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa.
O Vale do Anhangabaú, por sua vez, é ocupado com a intervenção A Mulher Só, da Cia. Base, que acontece neste dia 25. A companhia de dança apresenta um espetáculo inspirado em pinturas da Semana de Arte Moderna de 1922. A bailarina começa a intervenção na porta do Theatro Municipal, acompanhada por um violinista, tocando uma das músicas da Semana de 22, Bachianas Brasileiras nº7, de Heitor Villa Lobos, em direção ao centro do Vale, para voar dançando em um balão.
Além disso, o Theatro Municipal promove a Expedição Modernista, junto ao Coletivo Jornal das Miudezas e Coletivo Teatro Dodecafônico, na qual os participantes caminham pelo centro da cidade fazendo paradas e realizando oficinas em três equipamentos culturais: Casa da Imagem, Biblioteca Mário de Andrade e Theatro Municipal.
Confira a programação completa desta terça-feira (25):
CCSP
Terça (25)
18h30 Performance 22+100 – Mário de Andrade [Livre]
Artista: Pascoal da Conceição e Wesley Leal
Performance do ator Pascoal da Conceição na Biblioteca do CCSP.Pascoal da Conceição Completa, em 2022, 50 anos de carreira na vida artística. É ator, diretor, locutor, dublador e produtor teatral. Tem longa carreira no teatro brasileiro com participações marcantes principalmente no Teatro Oficina. Na TV fez sucesso como o personagem Doutor Abobrinha na série Castelo Rá-Tim-Bum e também como o escritor Mário de Andrade na série Um Só Coração, exibida pela Rede Globo. No Teatro Oficina, dirigido por José Celso Martinez Correia, esteve em espetáculos como Ham-Let, Bacantes, Pra Dar Um Fim No Juízo De Deus, entre outros. Em seus quase 50 anos dedicados ao teatro, trabalhou com diretores como Bibi Ferreira, Mauro Mendonça Filho, Ruy Cortez, Gabriel Villella, Monique Gardenberg, Carlos Alberto Sofredini, entre outros. Esteve como ator em diversas novelas, como Caminho Das Índias e Deus Salve O Rei) e no cinema em filmes como Salve Geral, Olga e Castelo Rá-Tim-Bum – O Filme.
18h as 22h Projeção Mapeada “Memórias Insurgentes” – Coletivo Coletores [Livre]
O projeto “Memórias insurgentes” é uma intervenção urbana que utiliza a linguagem da vídeo projeção mapeada e ocorrerá dentro da programação do Aniversário da cidade de São Paulo de 2022 utilizando a fachada do Centro Cultural São Paulo como suporte, durante o período de 22 01 22 até 25 01 22 das 19 00 hs até as 22 00 hs. O projeto será realizado pelo Coletivo Coletores e irá apresentar um olhar sobre pontos da cidade de São Paulo que são referência na memória/cultura e imaginários coletivos paulistanos pela ótica das contra hegemonias fazendo interface com o centenário da Semana de arte Moderna de 1922. O HUB Coletivo Coletores é uma iniciativa que visa integrar artistas, acervos, instituições e ações, junto a diferentes pontos e estruturas urbanas por meio de linguagens multimídias, como vídeo projeção mapeada, Vídeo, animação, motion design, estruturas de LED e dispositivos móveis. Com um histórico de ações por diversas cidades e eventos, o HUB Coletivo Coletores têm realizado projetos com repercussão em diferentes contextos, mídias e comunidades, se apresentando como uma base mediadora entre variados conteúdos e as cidades, projetos como Vozes Contra o Racismo da SMC SP, Ocupação Red bull Station, Festival Bixanagô, Feira Preta, entre outrxs, são algumas das plataformas que foram realizadas colaborações.
19h Metá Metá [Livre]
Desde 2008 em atividade, Metá Metá é um dos mais prestigiados grupos no recente cenário musical brasileiro, tanto pela crítica especializada, como pelo público. O trio
formado por Kiko Dinucci, Juçara Marçal e Thiago França, já lançou os discos: Metá Metá, Metal Metal e MM3. Este último foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa de 2017. Também em 2017, Metá Metá fez a trilha sonora do espetáculo “Gira”, do Grupo Corpo, em homenagem a Exu. Duas faixas que não entraram no espetáculo foram lançadas em formato EP. Além deste, o trio tem outros 2 EPs: um de 2013, Alakorô, com participação de Tony Allen, e outro de
2015. Desde 2013, Metá Metá já realizou diversas turnês pela Europa, participando de festivais importantes, tais como: Transmusicales, Roskilde, Primavera Sound, Womad,
Womex, e também do Festival Mawazine, em Marrocos, África.
CENTRO
Anhangabaú
Terça (25)
Horário A Mulher Só (Cia. Base) [Livre]
O projeto consiste em apresentar 1 espetáculo inspirado em pinturas da Semana de Arte Moderna de 1922. Nesta apresentação, a premiada Cia Base faz uma releitura do quadro. A Mulher Só, de Tarsila do Amaral. Usando o Vale do Anhangabaú como cenário, a coreografia da bailarina caracterizada com seu vestido em tons de rosa/branco, começa na porta do Teatro Municipal e vai acompanhada por um violinista, tocando uma das músicas da Semana de 22, Bachianas Brasileiras n 7, de Heitor Vila Lobos, em direção ao centro do Vale para voar dançando num balão.
O espetáculo conta com 6 artistas e será apresentado ao vivo, sendo gravado com drones para depois ser publicado nas páginas e redes sociais da Secretaria Municipal de Cultura. A trilha sonora é composta por músicas que fizeram parte da semana de Arte Moderna de 1922.